Amlia Rodrigues — Barro Divino

Mesmo nas horas felizes, se as há Alguma coisa é proibida Posse impossível, distante, que dá Sentido diferente à vida O insaciável que existe na gente Domina a nossa vontade Triste final duma crença diferente Diferente da felicidade E sem saber até onde, o destino É ou não o que se quer Somos a lama, o barro divino Que cada um julga ser Na minha voz a cantar, corre o pranto Dum ser que não se entendeu E assim procuro encontrar o encanto Que a vida p'ra mim perdeu A revoltante maldade duns poucos Espalha o ódio à sua volta E faz da terra um inferno de loucos Onde a razão se revolta Pois quer se acredite ou não no destino Todos seremos sem querer Simples poeira de barro divino Que cada um julga ser Pois quer se acredite ou não no destino Todos seremos sem querer Simples poeira de barro divino Que cada um julga ser


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